Grife de Huck cria polêmica com vitrine preconceituosa


A Reserva, marca de roupa da qual o apresentador Luciano Huck é sócio, está novamente envolvida em uma polêmica negativa. A grife carioca chamou a atenção nas redes sociais após um internauta postar imagem de uma das vitrines do estabelecimento, na qual um manequim aparece com uma cabeça fictícia de um macaco, acompanhado dos dizeres: "O preconceito está na sua cabeça". Em outra loja, desta vez situada no shopping carioca RioSul, os mesmos dizeres aparecem na vitrine na qual se encontra um manequim com a cabeça de um veado.


Em março, foi noticiado que a marca tinha se unido ao fotógrafo e artista paulistano Felipe Morozini para uma espécie de "campanha-manifesto" que criticava o uso de animais para expressão de intolerância. Com a frase "Faça como os animais, não julgue", a campanha de Inverno 2015 da marca tinha a proposta de criticar o preconceito. "Sempre tive duas questões importantes na vida: primeiro, não julgar. Sempre pedi para meus amigos não julgarem nada nem ninguém porque nunca entendi a função do julgamento. E outra questão é o uso do nome de certos animais para xingar alguém. Já fui muito chamado de veado, minhas amigas sempre eram as galinhas…", contou ele ao FFW. "O objetivo da campanha é impactar, provocar reflexão e conscientizar." O problema é que, para muitos internautas, da forma que foi aplicado nas vitrines das lojas da rede, a mensagem transmitida está longe de ser benéfica no que se refere às questões sociais enfrentadas hoje em dia.


Procurada, a assessoria de imprensa se pronunciou. "Tudo isso faz parte de um manifesto artístico criado pelo Felipe Morozini, já que o tema institucional neste Inverno 2015 é preconceito. A intenção obviamente não era a de ofender, mas sim abrir o diálogo sobre o preconceito em todas as frentes, já que o tema também foi abordado em todo o conteúdo da edição Inverno 2015 da revista Reserva. E as cabeças dos manequins são espelhadas justamente para propor uma reflexão." Rony Meisler, CEO do Grupo Reserva, havia se pronunciado por meio de comunicado na época em que a publicação da marca estava começando a liberar as primeiras imagens da campanha. "Convidamos o Felipe Morozini porque sabíamos que ele teria muita delicadeza para falar de algo muito censurável, porém enraizado na nossa cultura, que é criticar ou debochar os atributos e escolhas dos outros – seja orientação sexual, cor da pele, estilo de vida ou forma física." Vale destacar, contudo que as vitrines não são assinadas por Morozini, mas por uma equipe da própria empresa. O artista cuidou apenas do conceito e da estética da campanha nas fotos.


Bola fora
Esta não é a primeira vez que a Reserva chama a atenção por aspectos negativos. Entre os casos tiveram as camisetas da marca UseHuck, que faz parte do Grupo Reserva, com campanhas como "Somos Todos Macacos" e a mais recente polêmica das t-shirts infantis com estampas como "Vem Ni Mim Que Tô Facin" e "Me Beija Que Eu Sou Carioca". Após a marca Use Huck ser acusada de incentivar a pedofilia, o Ministério Público do Rio de Janeiro, que recebeu denúncias por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude, instaurou uma investigação. Ao final do julgamento, O apresentador Luciano Huck pagou R$ 15.760 de multa.

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